Desta vez, a dança reúne homens e mulheres. O lundu é uma dança de caráter “profano”, pois significa o convite que é feito pelos homens para um encontro amoroso com as mulheres, as quais rejeitam inicialmente, mostrando-se sérias no desenrolar da dança, sorrindo somente no final, no caso de aceitarem o convite.
De origem africana, esta dança  foi proibida pelo Governo Federal, o qual atendeu as reivindicações feitas pela Igreja Católica, qual considerava a dança como “abusiva”, “profana” e “vulgar”, e dos três núcleos de escravos – São Paulo, Minas Gerais e somente o Pará conseguiu manter clandestinamente a dança. Mais precisamente na cidade de Soure, no Marajó, onde o Lundu conseguiu se manter com força total. O principal ponto desta manifestação, além do requebrado acentuado dos homens, é que é considerado pelos negros como símbolo de fertilidade.
E até os dias de hoje o Lundu Marajoara causa um certo furor, apresar de não ser mostrado como era no passado, em que as negras dançavam com o busto descoberto, nos dias atuais a indumentária é composta de bermuda para os homens que usam colares feito de conchas e as mulheres vestem blusas pequenas, saias estampadas, muitos colares, arranjos de flores na cabeça e os casais dançam descalços acompanhados pelo som de tambores, flauta, banjo e maracás.